segunda-feira, 14 de junho de 2010

Uma lembrança “quase” esquecida da história de Belém


Um monumento curioso, que chama a atenção, que há mais ou menos, uns 15 anos atrás era ponto de diversão de jovens, de encontros de casais e, que hoje, diga-se de passagem, é lugar para os vândalos se “acomodarem”. É um local que está dentro de uma simbologia de um dos movimentos mais importantes do Brasil e o que merece maior destaque em Belém: a Cabanagem.  
Há algum tempo atrás, cerca de 10 anos, quando se falava em construir um túnel – para melhorar o fluxo de veículos, idéia que não deu certo - o monumento deixou praticamente de ser visto pelo povo, “apreciado” apenas pelos que se arriscam a atravessar aquela passarela cheia de fezes, lixo e com rampas quase intermináveis. Considerado pelos historiadores como um ponto importantíssimo da história brasileira, a Cabanagem, infelizmente, hoje e há anos atrás é lembrada por muitos somente pelo bairro em que se encontra: o Entroncamento, referência de stress no trânsito de Belém, pois lá é um ponto em que o fluxo é altamente complicado, nas chamadas “horas do rush”. Hoje em dia, quase em todas as horas e em vários pontos de sua rotatória. 
A Cabanagem (1835-1840), também conhecida como guerra dos Cabanos, foi um movimento de caráter social ocorrida na Província do Grão Pará. A denominação Cabanagem remete às cabanas, tipo de habitação da população ribeirinha mais pobre, formada principalmente por mestiços, escravos libertos e índios.  
Entre as causas dessa revolta citam-se a extrema miséria do povo paraense e a irrelevância política à qual a província foi relegada após a independência do Brasil. Assim, na rebelião, somava-se aos paraenses miseráveis, a elite fazendeira do Grão-Pará, que embora morasse muito melhor, ressentia-se da falta de participação nas decisões do governo central, dominado pelas províncias do Sudeste e do Nordeste.
Os cabanos buscavam, através da criação de uma república própria, separando-se do Império brasileiro, maior estabilidade e autonomia política, além de melhores condições. 
Para comemorar o sesquicentenário da Cabanagem, que foi em 7 de janeiro de 1985, foi projetado pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer a pedido do então governador do Pará Jader Barbalho, o monumento que tem cerca de 15 metros de altura por 20 metros de comprimento, todo composto por concerto, erguido no complexo do entroncamento. O monumento tem como definição uma rampa elevada em direção ao céu, com uma pontuação inclinada e apontada para o seu fim. No meio tem uma espécie de “fratura”, de “quebra”, e este pedaço que falta, digamos assim, está no chão. 
Segundo Niemeyer, a obra representa a luta heróica do povo cabano, que foi um dos movimentos mais importantes de todo o Brasil. A rampa elevada em direção ao céu representa a grandiosidade da revolta popular que chegou muito perto de atingir seus objetivos e a "fratura" faz alusão à ruptura do processo revolucionário.  
O nosso antigo governador, bem que estive com um propósito bom a respeito do fato histórico abordado, mas a homenagem feita a Cabanagem é deixada de lado pelo povo e pelos poderes públicos não dão o devido respeito que a própria história merece – se é que a História do Brasil merece-, que poderia ser um ponto turístico de grande valor, ausentando o ato de cuidar, de tratar, de prestar serviços de limpeza, segurança, deixando o local entregue aos vândalos, a esmo para o que der e vier.

sábado, 12 de junho de 2010

Preguiça Tecnológica


Nos dias atuais é comum uma pessoa sentada em seu sofá, controlar o que assiste tendo em mãos o controle remoto. Assim como não precisar ir ao banco enfrentar longas filas para pagar uma conta, pois ela pode ser paga pela internet. Virar o lp, nunca mais, basta continuar ouvindo até o fim do álbum em seu mp3, mp4, mps5, e por aí vai. Ou mesmo dar um clique e parar com o som nos seus ouvidos. Não precisa ir aos correios mandar uma carta para outra cidade, estado ou país (pelo menos na maioria dos casos), mas quando se trata de alguém distante, que se mudou para outra cidade, estado, país, ou sei lá, basta enviar um email. Assim como estas e tantas outras situações, a vida de certa forma ficou mais “fácil”.
Estamos acostumados a entrar em shoppings centers sem reparar que a porta abre a uma pequena distância de você, nos acostumamos com o fato de não precisar mais colocar as mãos na maçaneta para abri-la, tanto para entrar como para sair. Muitos (maioria) não fazem mais questão de ir a uma loja de cd’s para comprar o cd de sua banda ou cantor (a) que quer ouvir, o que muitos preferem é apenas fazer um download do álbum ou da música predileta na internet. Nossas ações estão se tornando menos pessoais, presenciais. A internet veio com sites como Orkut, Msn e Twiter, para aproximar as pessoas virtualmente, ajudando aqueles que estão longe a se comunicar, mas ocasionando um distanciamento de outras.
Antes não se imaginava toda essa “facilidade” e praticidade que temos hoje em dia. O próprio celualr, hoje, objeto comum entre todos, e que muitas vezes o que menos se usa nele é a simples ação de telefonar e receber ligações. Vemos-nos como parte de todo esse maquinário de tecnologia, pois sem percebermos somos puxados para dentro desse mecanismo.
Há pessoas que usufruem dessas facilidades como o já citado acima downloads de músicas da internet, apenas quando não encontram o cd ou o vinil em sebos que procuram, usam Orkut e Msn para se comunicarem com amigos, enviam emails, usam a internet para fazer a maioria das pesquisas para trabalhos, não conseguem deixar o controle remoto sem pilhas etc. Fazem o uso de muitas dessas várias formas que essa tecnologia trouxe e que acabou tornando as pessoas meio “preguiçosas”, devido às facilidades que tudo isso ocasionou.
Simples de entender como um simples clique que desliga o seu monitor de TV, quando você deitado em sua cama, se espreguiça e não tem nem ao menos a vontade de levantar, cansado, para fazer um hábito higiênico como escovar os dentes antes de ir dormir.

Celebridades e o glamour matrix


As celebridades da blogsfera existem. Estão aí, escondidas atrás de telas de computadores, celulares escrevendo "novidades" ou fantasias aos seus assíduos leitores. Existem "astros" para toda a cambada de mais de 60 milhões de internautas só no Brasil. E aqui,  país das grandes coisas ditas "boas" como o futebol, mulheres, comida, entre outros, o que não falta é celebridades no meio social da internet.
Somos nós mesmos, que sentamos com as mãos no teclado e  ficamos com os olhos na tela que com clicks em links, posts, blogs, textos, comentários, entre outros, criamos esses astros que saem da internet - no sentido real e não no estilo matrix - e vão para as tv's que enchem de glamour muitas "novidades" que vieram do mundo virtual - quase um matrix- .
Aqui próximo mesmo, o nosso carismático Mike de Mosqueiro conquistou fama na tv e ganhou carisma, dinheiro, roupas novas, dentes novos, entre outras coisas. Chegou até ser chamado de "o gênio da MPB".
Mas de tanto ser dito como "querido" nos mais de 8 milhões de cliks para assistir as versões acústicas e repletas de um humilde humor do "músico", ele acabou virando motivo de chacota preconceituosa de apresentadores que se diziam comovidos com a história triste de mais um de nossos brasileiros que passam por sofrimentos na vida.
Deve-se atentar ao que colocamos na mídia e chamamos de artista, ator, músico, entre outros. A bancada de júris internautas normalmente é muito fraca para dizer o que é e o que não é bom, excelente, regular, legal, cult, chato, sem graça. 
Então tome cuidado ao dar seus clicks e opiniões no que seus amigos, vizinhos, colegas de trabalho dizem que está "bombando na net" para não cooperar com mais um que viverá seus 15 minutos de fama e ajudar com a precariedade cultural que cresce cada vez mais neste país.

O Caos de Belém

 
Trânsito em Belém é uma situação de verdadeiro caos. Segundo uma pesquisa feita com dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Belém tem pouco mais de cinco moradores para cada carro.
Temos uma tarifa de ônibus altamente abusiva relacionada a qualidade do serviço de transporte coletivo. Há uma irracionalidade, o ônibus sai de um extremo da cidade para o outro e não precisa percorrer esse extremo todo, ele pode percorrer até determinado local e lá o passageiro se deslocar em outro veiculo, para outra direção.
Seria importante ampliar os corredores de tráfego da cidade, porque nos últimos anos foram 20 mil novos veículos que entraram por ano em Belém e nós não tivemos nenhum novo corredor de tráfico na cidade para tentar reduzir o impacto.
É necessário começar a construir a lógica nesta cidade para o cidadão, para o pedestre, para o ciclista e não apenas a cidade para o automóvel. É fácil a gente medir isso: se pegar uma grande via de Belém aqui, vai para o jornal, mas se abrir em uma rua de pedestre, passa ano e ninguém reclama de nada. isto ocorre porque as cidades modernas lamentavelmente seguiam a lógica de atender ao veículo e não ao cidadão. E essa é uma distorção que precisa ser corrigida.

Sanção de Lei

 
Segundo o Dicionário Michaelis, Leis são sf (lat lege) 1 Preceito emanado da autoridade soberana. 2 Prescrição do poder legislativo. 3 Regra ou norma de vida. 4 Relação constante e necessária entre fenômenos ou entre causas e efeitos. 5 Obrigação imposta. 6 Preceito ou norma de direito, moral etc.
No entanto, leis são normas que são importantes para manter a possível "ordem" das pessoas diante da Constituição Federativa Brasileira. Mas por inúmeras vezes, algumas leis demoram anos e anos para serem sancionadas, dificultando uma categoria da sociedade que lutou por aquela mudança.
Sancionar uma lei é uma forma disciplinar que pode assumir vários papeis. Existem vários tipos de sanções, da mais simples, como se reclamar quem come com as mãos em um jantar, a quem deixa de observar aquilo que o direito protege.
Se alguém é alvejado a tiros, há a possibilidade de ser atingido e há a possibilidade de sair ileso, mas quem garante que uma ou outra irá ocorrer?
Em termos concretos é mais saudável trazer o fato mais próximo ao tipo, e diante de seu valor dar-lhe a sanção mais acertada e não a possibilidade de uma punição justa.

Opinão Vs Hipocrisia


O jornalista Felipe Milanez, editor da revista National Geographic Brasil, licenciada pela editora Abril, foi demitido no dia 11 de Maio por ter criticado via Twitter a maior publicação da casa, a revista Veja.
Milanez, na National desde outubro de 2008, publicou, em seu perfil no microblog, comentários a respeito da reportagem "A farsa da nação indígena", veiculada edição da revista da época. "Veja vomita mais ranso racista x indios, agora na Bolivia. Como pode ser tão escrota depois desse século de holocausto? (sic)", escreveu em post no dia 9 de Maio.

Milanez admitiu que fez observações contundentes sobre a publicação, mas que foi surpreendido pela demissão. "Fui bem duro, fiz comentários duros, mas como pessoa; não como jornalista. Fiquei pessoalmente ofendido com a reportagem. Mas estou chateado por ter saído assim. Algumas frases no Twitter acabaram com uma porrada de projetos", lamentou o ex-editor.

A decisão de demitir o jornalista, segundo ele, teria vindo diretamente de setores da Editora Abril ligados à revista Veja e repassada aos responsáveis pela National Geographic. "Não sei quem decidiu e como", disse.
Este caso deve-se a uma possível falta de postura do jornalista. Mas será que realmente ele poderia dar sua opinião ácida sobre uma reportagem de uma outra revista da mesma empresa que trabalha em um veículo como o twitter? Pois é, isto vale-se de uma  questão da tão hipócrita liberdade da informação, da comunicação que existe no jornalismo. O jornalista como disse, deu sua opinião "como pessoa". Existe "como pessoa" no twitter?  Nesta rede social, ele acabou dando sua opinião que se espalhou, gerando sua demissão da editora Abril.
Muitas pessoas acabam esquecendo da tênue linha que existe entre situações de "pessoa" ou "opinião pessoal" e o meio de rede social que, digamos assim, "todos são iguais" dentro da rede. O cuidado que as pessoas tem em dar uma opinião, seja sobre algo sério ou simplesmente algum comentário, nasce a relação com toda a rede e consequentemente pode acarretar em sérios problemas, inclusive demissões, separações, indignações, entre outros. Assim como este, o caso do jornalista Felipe Milanez, até que ponto, vale  "publicar" sua opinião sobre um fato, caso, realidade ou teremos que ser sempre hipócritas?